domingo, 21 de maio de 2017

Seagulls of Macaronesia

Gaivotas da Macaronésia

pinto de Larus michahellis

Hoje é um grande dia!

É assim que Juan Arizaga Martínez (Sociedade Ciencias Aranzadi) anuncia o arranque de um novo Projecto de anilhagem de gaivotas da espécie Larus michahellis em Lanzarote, a ilha mais oriental do arquipélago das Canárias.

Lanzarote

As anilhas amarelas colocadas no tarso esquerdo das aves terão um código alfa-numérico a preto composto de duas letras e um algarismo.
- Exemplo:   SA1  

Praticamente em simultâneo, com a colaboração de Verónica Mendes da UAc-Universidade dos Açores, Asier Aldalur e a sua equipe começaram a anilhar pintos no arquipélago dos Açores.

Estes novos projectos, adicionados ao já desenvolvidos por Xabier Remírez na Gran Canária, darão certamente um contributo muito importante para o estudos das aves marinhas da Macaronésia.

Vida longa a esta aventura!


Macaronésia

Macaronésia é a designação dada aos vários grupos de ilhas no Atlântico Norte, próximas da Europa e da África, e uma extensa faixa costeira do Noroeste da África, fronteira a esses grupos de ilhas, que se estende desde Marrocos até ao Senegal.

A Macaronésia é composta por quatro arquipélagos:
- Açores (República Portuguesa)
- Madeira (incluindo as Ilhas Selvagens)(República Portuguesa)
- Canárias (Reino de Espanha)
- Cabo Verde (República de Cabo Verde)

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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Seagulls of Brittany (France)

Gaivotas da Bretanha


A exemplo do que acontece com outros organismos europeus de anilhagem de aves, o projecto liderado pela Bretagne-Vivante está a preparar uma plataforma na web para no futuro os observadores registarem directamente as aves observadas deste projecto e disponibilizar uma base de dados onde os utilizadores poderão consultar todos os seus registos.
Por este motivo, durante vários meses estivemos privados de informação quanto ao histórico das aves observadas mas, recentemente, foi actualizada e disponibilizada toda a informação relativa a essas aves. 
Ao registar estes elementos na minha Base de Dados conclui que no ultimo biénio registei 71 observações de 37 gaivotas deste projecto.


Este projecto teve o seu inicio em 2014 e foram anilhadas gaivotas das espécies Larus argentatus e Larus fuscus, daí que todas as aves observadas sejam ainda imaturas. A proximidade dos casais reprodutores na colónia, potencia a possibilidade de hibridação pelo que subsistem duvidas na identificação de alguns indivíduos. 
Fora da Bretanha, a maioria das observações foram registadas no Norte de Espanha, em toda a Costa Atlântica portuguesa e no sul de Espanha, na zona entre Cadiz e Málaga. É exactamente entre estas duas cidades que se encontra o Estreito de Gibraltar, por onde, presumo, atravessam as aves que, não passando o inverno na Península Ibérica, vão invernar em África.

Curiosamente, apenas esta ave tem registo de ter sido observada em Marrocos:

L'Île d'Yeu > Agadir = 1.991 Kms


Espécie: Larus fuscus
- Anilha -   O[3:DSG 
- Anilhador – Matthieu Fortin
- Idade quando anilhada: Pinto
- Data e local da anilhagem – 09.07.2016- Gouffre d'Enfer,L'Île d'Yeu, Bretagne, France 
- Data e local da observação: 14.10.2016 – Praia de Matosinhos, Matosinhos, Portugal

Observadores:
Em França: Matthieu Fortin (ringer)
Em Portugal: Armando Mota; André Lameirinhas e José Marques
Em Marrocos: Maarten van Kleinwee, Jacob Jan de Vries



Em termos de conclusão direi apenas que seria interessante saber se a costa Atlântica é o corredor privilegiado das aves da Bretanha durante a migração mas, claro, essa informação apenas a Bretagne-Vivante saberá.

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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Figth “ Gulls vs Cormorants”



No passado mês de Março assisti ao espectáculo impressionante de luta pela sobrevivência proporcionado por algumas gaivotas que teimosamente se mantinham no porto pesqueiro de Leixões aguardando por comida vinda dos barcos de pesca.
A época de pesca da sardinha ainda não tinha iniciado e a fome nas gaivotas era evidente.
Por outro lado, os Corvos-marinhos aumentavam as capturas diárias reforçando as suas reservas preparando-se para a iminente longa viagem de regresso às origens no Norte da Europa.
É sabido que os Corvos-marinhos capturam os peixes durante o mergulho mas só os engolem à superfície. Ora, era nesse preciso momento, à superfície, que eram atacados pelas gaivotas famintas para lhe roubar o pescado.
Eu penso que melhor que as palavras para descreverem esse espectáculo, são algumas imagens que consegui registar desse duelo. 

 (Click na foto para ampliar)





domingo, 7 de maio de 2017

Seagulls on land (7)

Gaivotas em terra



                                                                    Video - 1:13


En-Us:Glaucous Gull -Ca:Gavinot hiperbori –Da:Gråmåge –De:Eismöwe -Es:Gavión hiperbóreo –Fi:isolokki -Fr:Goéland bourgmestre -It:Gabbiano glauco -Nl:Grote Burgemeester –No:Polarmåke –Pt:Gaivota-hiperbórea –Sv:Vittrut -Ru:Бургомистр

C 63-68 cm, ENV 138-158 cm
Estatuto em Portugal Continental: Acidental (*)

(*) A observação de espécies consideradas raridades em Portugal carecem de homologação pelo Comité
-CPR: Observações registada para homologação no Comité Português Raridades sob os nºs. "CPR-ONLINE-886 e 887"

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Após um período de cerca de um mês sem poder dedicar muito tempo ao meu “serviço cívico” estou novamente disponível para reservar algum do meu tempo aos meus amigos de duas asas.
Comecei por tratar de todo o material que carecia de arrumação para posterior informação e tratamento de dados.
E, foi durante este trabalho de arrumação que me apercebi da observação de juvenis de Larus hyperboreus, em Fevereiro e Março, no Porto de Pesca em Leixões.
Analisei todas as fotos e confesso que fiquei com dúvidas se não se trata do mesmo individuo.
Reforça a minha convicção o facto de me lembrar que no dia 10 de Março eu “persegui” a ave na área da Docapesca para obter boas fotos e verifiquei que ela se movimentava muito bem procurando zonas de refugio e onde é mais fácil obter alimento.
Por este motivo, pareceu-me que este individuo já conhecia muito bem o porto pelo que admito que ela já por cá andava a alguns dias e, eventualmente, ser a mesma ave que observei no dia 21 de Fevereiro.
Entre as duas datas de observação, passaram apenas 18 dias.

Para vossa apreciação, junto fotos similares. Seria muito interessante algum dos meus amigos confirmar (ou não) esta minha opinião!


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